1.4.12

Poker, né? Saquei.

Foi  sem querer que algo em mim fez questão de reproduzir o timbre da sua voz que me parece sempre no estilo embriagada. E as palavras, aquelas que ás vezes você nem concluía porque pensava sempre rápido demais e depois... depois você não lembrava mais o que estava pra ser dito. Foi sem querer que fui invadida pela saudade dessa felicidade eterna que flutuava de você pra mim nas madrugadas de todos os dias - porque não existia tempo ruim naqueles tempos -, aquela voz de quem vai ser feliz pra sempre, aquela voz de quem custou a crescer, aquela voz de quem ainda se conformava com o fato de que não só foi filho, mas que agora também era pai. Foi sem querer que a saudade doeu mais que o normal.
Foi brincando, - mais que isso - apostando, vacilando, que te conheci.
Particularmente os desenhos do seu corpo me levavam a imaginar um outro alguém que, aliás eu não sei...porque a verdade é que não te conheço bem.
E naqueles tempos, quando eu ia dormir pensando que não me importava com o fato de você quebrar o nariz ou ganhar na loteria, que eu percebi que gostava mesmo das tatuagens e das histórias que nunca acredito. Em uma maioria eu sempre me esqueço de você, até que seu sorriso que tantas vezes contradiz tuas palavras ecoam em minha mente.
A verdade é que além dessas, outras vezes eu vou escrever pensando em você. E além dessas, outras vezes você vai ler e querer não se importar, porque você é assim mesmo e eu gosto. A outra verdade é que também não me importo que você não se importe, mas gosto de lembrar de você. Lembrar que um dia te conheci, e que talvez um dia desses a gente se bata numa dessas ruelas como dois desconhecidos.

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