“Fingindo ser o que já sou, mesmo sem me libertar eu vou."
Um lugar seguro, que não seja mais aqui. Onde a vida for
levar, por favor me traga a liberdade de estar só sem ser sozinha. Onde os
cappuccinos quentes me esquentarem, por favor me ensine a beleza da solidão. Em
qualquer canto da Índia, algum deus me ensine o equilíbrio de todo belo e todo
bom sem deixar que eu me perca.
Em qualquer lugar do mundo, quando a idade permitir, me faça - por
favor me faça -, não lembrar de todo mal que me causou, que sou pequena e
não sei suportar. Em qualquer bordel, hotel, motel, pousada, mantenha o
banheiro limpo pra que o coração se mantenha também.
Em todos os dicionários, todas as línguas e metáforas que são
tão minhas, por favor exclua o sentimento ruim que vai sempre vir do amor. Que
eu não entendo esta língua.
Nos museus e em todas as pinturas, manuscritos, livros,
poesia e arte. Abra meus olhos, pra que eu transcenda a minha alma muito mais
do que meu espirito consegue hoje suportar. Que a minha viagem seja transcendental,
divida, perplexa, complexa, completa, equilibrada, e me junte com todos os cantos do
mundo onde eu encontre conforto. Mas pelo amor de Deus, que eu não te encontre
mais.
Onde os aeroportos perderem minhas malas, que perca também
os males de ser assim tão volúvel. Que eu estou largando tudo isso aqui.
Tô bem, bem devagarzinho, me mudando de estado, de país, de
corpo e de alma. Tô sendo outra pessoa pra você jamais me reconhecer em
qualquer Farol do mundo, a minha luz é d’outra cor. Por favor, respeite minha
necessidade de trocar de nome antes que seu amor me enlouqueça.
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