5.5.13

Cravo e Canela.

Hoje passei ali meio correndo entre o Campo Grande e umas histórias que inventamos e, felizmente, soubemos cumprir. Já um pouco tarde pra quem sabe como funciona o CG ao cair do Sol e como funciona as nossas mentes, felizmente - também, um pouco além das outras mentes, as nossas idades. Bom, a um tempo atrás eu não sabia: Tem gente que cresce e gente que morre lá. Gente que vive e outras que, aos poucos, vai se matando por lá.
De um tempo pra cá, com ela, a gente se virou pra aprender. Aprender isso que mesmo o verbo carregado de algumas boas definições, definitivamente, não saberiam nos dizer.
E foi a falta disso que sangrou tantas das nossas feridas, mas se sejaláquem tira tudo o que nos trás, foram tirados de nós incontáveis gargalhadas, algumas delas inconstantes e em desespero, ao cair do Sol andando por essas tantas vielas depois de teatros e show's e algumas ressacas. Como quando nos serviram vinho barato num recital de poesias, realmente muito boas.
Foi tirado de nós, naquela época, um livro inteiro sem capitulo pro fim. Um monte de amigos que ficaram no caminho, alguns sonhos que morreram já bem velhos como criança que esqueceu de crescer. Ficou pra você a Grande São Paulo, para minha grande mulher. E para mim, bom...o que discretamente eu sempre quis.


Ficou pra nós algumas fotos que jamais serão reveladas porque é preciso grandes segredos em verdadeiras amizades. Ficou para nós aquelas ondas no Farol que nos derrubavam, e a gente sempre voltava para apanhar. Ficou para nós o filme de um triangulo perfeito, registrado e merecido. Mas eu não sei por onde andou.

Ficou para nós, - para mim especialmente em especial, uma sala enorme com chão de madeira, e a gente dormia e brincava como se tudo aquilo fosse inflável e infinito. Esqueci o que não foi infinito naqueles dias...bons dias.


Acho que em breve ficará uma distância e um vazio enorme em dois seios. E umas boas desculpas para viajar. Uns bons livros para terminar e mais tarde, bem mais pra lá, a gente publicar. Uns bons drinques  por que não? E a porta do terraço pra cuidar.



Querida, cuide bem da sua Tigrela que ainda não aprendeu a voar...e além disso, vamos deixar de acreditar que sofrer é amar demais, ou que regredir é, enfim, se libertar. Menina por favor, você é gigante em si...não se deixe levar.


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