9.9.13

You.

Adorava o jeito como as coisas haviam acontecido. O cuidado e ambos com um jeito meio manhoso, o olhar atento a qualquer movimento e aquela pergunta nem sempre decifrável - está confortável?. Como não se você me tinha nas mãos e suas palavras eram doces do amanhecer ao nos deitarmos, se suas coisas estavam espalhadas por todo o quarto e eu havia ganhado um espaço em cada canto. Como não, ela se perguntava.
É um fato de que seria mais fácil no começo, era preciso uma dedicação imensurável de ambas as partes para o contentamento geral. Nos cinemas haviam tantos romances que eram a nossa cara, as musicas diziam aquilo que a gente ainda nao podia falar -pois era cedo, então deitávamos mergulhados no som e sabíamos que eram dedicadas um ao outro. Nossas risadas ecoavam pela casa, e não havia nenhum erro em todas aquelas cenas.
Por quê que o tempo é tão sincero. As cenas foram - queria dizer que bem devagar, não se repetindo - bem rápido deixando de se repetir. E ao cobrar tudo lhe parecia tão distante, cheguei a me perguntar se enlouquecia aos poucos. Ele se tornou tão outro que outrora questionei-me se não fora ele o enlouquecido. Sentimentos a parte, continuamos juntos. Ela não sabe mais se firme.

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