26.1.10


Ultimamente tenho andado tão longe de mim mesma, distante do mundo... pensando coisas inúteis, ou importantes demais pra serem pensadas agora, pensamentos que me levam a lugar nenhum, coisas que me levam além e tudo. Coisas que deixei por feito, coisas que fiz, não deveria ter feito. Pensei até no quanto vou amar a filha que pretendo um dia ter, e ainda não sei como devo cuidar (...) penso se devo libera - lá para a vida, e experimentar o amor, como eu vivi, como eu amei, e conseqüentemente sofrer, como eu sofri, ou se devo lhe privar de sonhar, permitindo que me odeie, tendo em mente que esse vai ser o melhor pra ela. Não sei como vou reagir ao vê-la chorar, ou como devo lhe ajudar, como vou impedir que ela saiba o que é sofrer por amor, não sei também se vou permitir o amor pra ela, já que eu sei o que vem depois dele, e não conseguiria vê-la sofrer. Não sei se devo cercá-la de proteção, para impedir que a vida lhe dê uma rasteira, ou se vou deixá-la cair, pra que mais tarde ela saiba dá uma rasteira na vida, pra que saiba se cuidar quando eu já estiver longe. Espero que ela saiba o que quer da vida, por que eu ainda não sei, e quero que ela, mesmo pequena, olhe nos meus olhos e diga se quer ser uma versão melhorada de mim, ou algo completamente diferente, talvez por vergonha, ou o que quer que seja. Quero que me diga em voz alta que hoje vai usar os cabelos soltos, por que pretende sentir o vento. Assim como eu olhei para o céu e decidi voar, por que mais do que sentir o vento, eu quis ser livre.

Um comentário:

  1. Lindo, lindo, lindo!

    O melhor é deixar que sigam seus próprios caminhos.

    ResponderExcluir

Gostou?