Armas e Alvos.

Começamos a crescer antes mesmo de entender exatamente o porque. De acordo com o tempo aprendemos a caminhar, e nos tornamos dependente disso, de continuar andando ainda que não saiba exatamente para onde ir. Nos vemos dependentes de aprender, dependente de criar, perguntar, ofender, viciados em viver. Um passo, esse o decisivo, e nos tornamos criminosos, e crimes são cometidos a todo instante, porque também somos dependentes disso, viciados em errar. Passamos por cima e pouco importa quem vai machucar, atiramos mesmo, sem saber quem vai sangrar. Ás vezes somos nós o alvo, algumas vezes a arma, outras o alvo. E aquele passo que escutou ser decisivo, o que pensou ser só mais um, depois de ser o alvo você entende que ele era mesmo decisivo, e só mais um. Alguns se acham os fodões, inabaláveis, acham que nunca serão atingidos, por uma bala ( que se frise isso). Matam, gritam, atiram, passam por cima, bala nenhuma o alcançará. Realmente, uma pedra seria o suficiente pra matá-lo. Classificar seres humanos como armas e alvos é triste. Mas é assim que deveríamos ser vistos. As armas, embora não pareçam, são as mais fracas, não sabem se defender, apenas ofender. Os alvos sangraram tanto que aprenderam a atirar tanto quanto defender. Eu sei quem sou, e você?