29.11.10

Sorrisos e outras alegrias.

Se as palavras só se pronunciam aqui, se são palavras esquecidas vou deixa-las à vontade dentro de mim. Se o silêncio é o que restou do que chamávamos de amor já não me incomoda, vou deixar que conviva comigo essa paz, talvez ele cante comigo nos dias de chuva, sorriremos juntos na madruga quando a brisa nos lembrar o que estamos deixando pra trás. Se me afastar do que um dia acreditei ser a minha vida parece loucura, vai parecer piada quando lhes contarem o que ando fazendo, o que ando pensando.
Não vou ser triste nem chorar por mais ninguém.
Ontem o céu  tinha cor de cereia, azul perfeito. Esses detalhes despertam em mim desejo de mudança. Se não podemos capturar a luz eu deveria ter imaginado que também não podemos segurar com as mãos os sentimentos que não são meus, nem definir nem molda-los ao meu corpo. Não, eu não vou me castigar por agir assim, não vou me castigar por me permitir.
Voaram como borboletas as preocupações, as perguntas, as palavras e os desenhos...ficaram comigo apenas os sonhos. E o amor? ah, esse tinha leves tons de lilás e branco, não é vermelho como pensávamos. Sim, eu pedi que ele pousasse em outro alguém, esse tal do amor não dá pra mim. Me cansa.
Ah, essas minhas borboletas tiveram história. Fizeram história.

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