7.1.11

Quem sabe assim você vá entender.

Se ainda preciso falar algo depois de hoje, são apenas os finais das frases que deixei no ar e tu não soube capturar, se o lugar onde nos abrigamos da chuva pareceu de longe tão perfeito para o começo de uma nova história, foi porque éramos nós quem estávamos lá e eu deveria ter deixado o eco da minha voz entrar no teu coração pra avisar que sim, se eu corre atrás foi porque eu quis, porque eu te quis, e quem sabe ainda quero. Mas também não me arrependo de não ter contado todos os meus contos, desencontros e sobrecontos no primeiro dia, talvez eu viesse a te assustar e já basta toda essa intimidade de um dia.
Pois bem, não é sempre que eu esbarro em alguém desse perfil, não é todo dia que ouço em voz  alta esse timbre...e nunca estive tão perto do que acredito ser um príncipe, se não te incomoda ser tratado assim. Mas é sério, foi sério e foi perfeito. Esse teu jeito de rir de tudo que eu digo e do que calo, isso de repetir as besteiras que eu faço pra rir um pouco mais...e principalmente essa de você fingir não me olhar.
E se depois, quando eu realmente precisar falar tudo o que vou vir a presenciar, se depois me faltar adjetivos, verbos e provérbios pra explicar...tudo estará gravado entrelinhas que talvez ninguém entenda mas pra outros terão significados únicos.
Pra deixar subentendido, esse tarde criou raizes em mim.

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