20.2.12

Será que a sorte virá num realejo?

Precisei repetir 4, 6, 8 vezes pra entender.

Tá tudo bem, se estou a par de que sorte... talvez ela venha carregada e disfarçada nessas folhas que se soltam e vem a mim no estilo primavera, inverno, outono e ás vezes verão. Tá tudo bem se vier embrulhada, enlaçada, escrita, cantada, dita, imaginada. Ela virá.
E trará aquele esboço de começo, de ideia, de música, de fim...quem sabe. Tô tentando te segurar, me encorajar, te prender e não errar. Mas de vez enquanto eu escorrego no meu mar de felicidade e derramo uma gota dessa água que escorre dos olhos.
Hoje eu não ando mais sozinha, não. Eu trouxe comigo um punhado de fiapos, de todos os sorrisos, e um bando de amores que se deslargaram de mim e sairam assim, voando como se as coisas presas a terra não lhes fossem mais tão importante. Mas eu sou.
Só trago comigo a silhueta de um futuro que virá, mas sabe-se lá quando chegará.
Esse negocio de sorte é complicado, nós todos sabemos. E pior que ter a sorte embrulhada pra presente é correr o risco de que o presente não seja pra mim, eu sempre troco as caixas de presentes, sabe? São todas iguais, coloridas e infinitas. Então se ela for pra ti, tu me devolve o que tirou de mim.
Dessa espera eu não me desgasto, que é tão saudável sentar aqui e esperar que tudo vá indo pro seu lugar e que talvez eu ganhe na loteria, ou eu tenha comprado o bilhete premiado. A sorte é complicada por isso também, ela pode vir de tantos lados, eu quis não escolher porque qualquer coisa é sorte pra mim...se nos fizer sorrir, se nos fizer ficar, se tornar o eu em nós dois, aí sim, a minha sorte é você.

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