19.8.13

Transcrever. Momentos. Medos e Mimos.

Transcrevendo um ou dois ou mais um dos momentos incontáveis que por motivos incontestáveis me faz enumerar essas rimas. Como se fossem as minhas próprias estórias, a minha história se tornou.
Essas palavras que um dia iriam parar numa página, essas risadas que, silenciosa, coloco uma a uma no varal pra secar, e guardar, com amor, bem devagar, por favor.
Essa mulher, digo, esta aqui que lhe escreve tem também te escrito a uns quatro a cinco anos. E tu chegastes, veja bem, bem vagabundo disfarçando sua grandeza. Beleza, amor, é ser a flor que reconhece mas disfarça sua beleza. Eu nem sorri. Não houve tempo, sabe.A gente espera por um grande amor a vida inteira e bem no fim ele te encontra, fui vivendo tudo as pressas perseguida daquele medo de acabar porque haveria sempre motivos para acabar. Ia ao parque ao sábado. O mesmo sábado era digno de uma grande noite de amor. O domingo estava logo ali, uma burrice descansar. Vamos, amor.. Desgastar essa beleza!
E o meu dragão foi então ficando velho, e o meu tempo foi ficando maior a cada minuto tão diferente agora do seu, isso era sobre a relatividade que ele próprio um dia me ensinou. Fui passando a viver num desespero determinado em aproveitar aquele amor que demorou a chegar. No parque, meu bem, não sentíamos a brisa pois estávamos a correr, os jantares, meu bem, fossem italianos ou japoneses, eram iguais pois estávamos a correr...O grande ato de amor com o qual selávamos o sábado, bom, não sentíamos o calor porque estávamos sempre e sempre a apressar tudo aquilo que o amor, quando recai sobre nós, exige cuidados e paciência.
O meu dragão, é claro! Não acompanhando o meu ritmo descompensado colocou nosso amor a morrer. É certo que serei sempre sua, e depois de você qualquer outro será apenas outro e só. Mas, eu sei, até contigo seria preciso cuidado, redobrado, para a nossa alegria, felizmente, compartilhada. Com muitas vírgulas, sim, para ser bem saboreado.

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