São recordações fieis.

Cada gota uma lembrança, coisas que não vi, coisas que neguei, coisas que senti, saudades do que já foi, das inúmeras cores que se mostrava o céu, saudade dos sorrisos, das músicas, dos gritos, saudade de um passado que por muito tempo esteve presente, foi presente, e foi meu ar. Mas ainda prefiro a sequência de trovões que vem em seguida, são como choques de realidade me fazendo lembrar a todo instante que é passado, e que nunca foi meu ar. Mais que isso, muito mais, foi parte de mim, e ainda é. E o brilho junto com o barulho que me dói os ouvidos faz acordar, traz certeza de que não é só saudade do que fiz, é saudade do que fui, é certeza de que tudo que antes era eu, hoje mudou, fazendo ser quem sou. Por fim o arco-íris inundando paz e calma, abrindo o céu, mostrando o sol, esperando mais uma gota de chuva, outra sequência de trovões, um novo arco-íris.