18.4.10

Só ás vezes

É que tudo tem andado tão rápido que ás vezes me pego perdida no tempo, e toda certeza que um dia eu jurei ter, algo me faz esquecer, duvidar, temer. É que me sinto tão segura que não pode ser real, e eu duvido, a todo instante penso em como foi, como é, como vai ser, e quando se trata de mim eu não sei de nada. A verdade é que tenho medo mesmo, até de sorrir. É que ás vezes soa tão falso que me vejo tremer, ás vezes tão real, e eu fico assim, entre o começo e o fim, me sentindo a peça de um jogo, do qual eu sempre me recusei jogar. É que aqui dentro sempre esteve tão incerto, que me acostumei com a ausência das certezas, certezas das quais eu sempre precisei, as quais nunca me importei. É que eu confio mesmo, e ando de olhos vendados se você me guiar, mesmo quando te vejo como o vilão do sonho que criei. É que eu sempre achei sem graça essa de príncipe e princesa se amar o tempo todo, eu gosto mesmo de conflito, mesmo quando eu saiu ferida. É que eu não ouvia histórias antes de dormi, e não ganhava um beijo de boa noite, não sinto falta. A verdade é que eu acho inteligente aqueles que sabem mentir, e te acho tão inteligente que ás vezes duvido das suas verdades, das suas certezas.

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