11.8.11

O Mel e O Fel

Despertei. Sondei por todos os lados quem tivera passeado pela casa a noite, quem esteve tentando me roubar de mim. E faz um tempo que eu sinto isso, a minha ausência ao mesmo instante em que a sua presença transpira perto demais, o frio que se desfaz sempre que seu corpo tem alguns centímetros de distância, enquanto que o mesmo frio continua na barriga e nas mãos. E  a sua voz que sempre sussurra: Você parece nervosa.
É pouco tempo, tempo nenhum pra pensar no que faremos depois, pra dizer o que eu sinto quando te vejo sorrir daquele jeito pra mim, pra explicar a onda de sentimentos sempre que afirma ser meu, é nessa hora que o meu não é dito baixo demais e sem firmeza alguma, não vale nada sempre que seus lábios encostam nos meus ouvidos, se vai a lucidez. Horas depois, sempre que penso que fingiremos que não aconteceu nada, você me liga e a diz que adorou.
Eu que não conheço muito do mundo assim,  tenho sempre medo de levar alguma coisa ao fim...Mas se esse sonho despencar em nossas mãos eu quero que a gente cuide, e que não mude.
Que já conheço os seus defeitos, e sinto aquela vontade insana de cuidar dos medos, de provocar sorrisos, e agora aquela necessidade mórbida de te ouvir dizer que se diverte sempre que me beija.
 E é bem assim, com sorrisos tímidos - ou nem tanto -  que eu tento te roubar pra mim.

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