8.11.11

Não me sinto só.

Quando o silêncio invadir este lugar,
este que é somente meu ainda que eu tenha te doado parte dele e,
inclusive partes minhas

Quando acontecer não se afaste, mas também não se aproxime, meu bem

Esse é o momento que costumo chamar de meu,
quando me encho das malditas verdade ditas por mim,
nem sempre em consciência,
nem sempre com decência, nem sempre com meu eu

É quando o que há de indiferente em mim briga com o que julgo comum, e a alma reclama.

Quando a minha voz calar, querida por favor, 
não insista com mais uma das súplicas desprezíveis que ouço
dos que desistiram de lutar

É que eu tenho nojo dos que se conformam com fracasso, e tenho nojo de quem se conforma fácil, e sinto tanto nojo de mim quanto sinto as vezes de ti. E do resto.
Quando me permito pensar, aí sim decido que não existe obrigações pra mim. E nem convosco. É quando afirmo que as leis trivialmente ditas por mim são desumanas perante os outros.

Não, não é que eu esteja cansado de te ouvir murmurar
Mas não me cobre concordância. E não me cobre afagos, e não me cobre.
Se me permite, não espere muito de mim, não espere nada de mim..
Porque eu não sou assim, sabe? Eu não sinto assim.

2 comentários:

  1. Você mergulhou fundo, mas percebo que se preocupa muito com o outro ainda e se esquece que o outro é feito por você. Você só precisa decidir e decifrar as coisas em você. Amo sua realidade, te amo minina!

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  2. Own, eu também te amo muito minha menina, e amo as suas palavras tanto quanto necessito delas.

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