29.11.12

E a fé?

Existe um deus em mim.
Um deus na espreguiçadeira morna da minha alma, muito calmo e muito terno que ele é. Sorrindo e achando graça de muita coisa que ouve falar por aí, mentiras. Doutroras carisma aqui não se vê...Aliás, carisma aqui é um dom capaz de lhe roubar a sanidade. A sanidade sou eu, e o meu deus é anjo negro.
Se veste de monstro, demônio, perverso, sonso. O meu deus sou eu, vestida da cabeça aos pés de hormônios fervendo.
Ele busca equilíbrio entre tudo. Tudo sou eu dentro de mim, pelo menos por hoje. Entre a doutrina que mantem o mais pura - nunca pura - a minha alma, entre incansáveis desejos carnais que vão, tão lento, me mutano. Equilíbrio é demais, não acha? Equilíbrio não é fé.
Preciso, desesperadamente, reprisar as orações. A meses eu durmo e acordo repetindo a mim e pra mim:
Que seja calmo Que seja calmo Que seja calmo, em números pares que dá sorte. Mas se você perguntar o que exatamente precisa ser assim tão tranquilo...Bom, talvez eu não saiba responder.

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